quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

Nat Medeiros



E então eu fui embora, sem olhar pra trás. Eu precisava fazer algo por mim agora. E foi então que eu aprendi que partir não dói, não. Que desistir não dói, não. O que dói é insistir em algo que não está dando certo, onde a única coisa que se tem é uma esperança que não se atinge. Ir embora não dói. O que dói é ficar onde não há espaço pra você. O que dói é insistir naquela porta que não se abre, naquele amor que não se alcança. Desapegar não dói. O que dói é se agarrar à dor achando que aquilo é amor. A gente tem que parar com essa mania de achar que amor tem que ser doído, tem que ser batalhado. Tem não, viu. Amor é pra ser vivido a dois. Alimentado dos dois lados, senão definha. Se somente um ama, isso uma hora termina, inevitavelmente. E a gente não tem nem que insistir. A gente tem é que parar de colocar reticências onde só cabe o ponto final.


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